Voltando de um aniversario de uma amiga, na estação Sé do metrô esperando o trem eu comecei a ouvir algo parecido com isso:
Quis prestar mais atenção naquelas notas, e percebi que elas viam de um rapaz vestido com uma toca de Papa Noel, sapato muito bem engraxado, camisa vermelha e colete bege. Enquanto ele tocava percebi certo descontentamento por parte de uma mulher que fez questão de ir para a ultima porta.
Ao entrar no vagão quis me aproximar e fazer algo que gosto muito, observar. Com ele tinha mais duas garotas e se eu não me engano eles tinha acabo de se conhecer. Uma das garotas era pintora e levava com ela alguns de seus quadros ao escutar um pouco do diálogo percebi que a outra garota tocava alguma coisa de sopro, talvez trombone.
Ao observar aquelas três pessoas, percebi em seus olhares e sorrisos a sua satisfação e alegria de estarem ali, talvez eu tenha testemunhado o inicio de uma grande amizade e comecei a me sentir talvez um pouco da mesma forma que eles, não pelo mesmo motivo que eles mas talvez por estar testemunhando uma cena de tão conteúdo. Não aquelas faces fechadas sem expressão de todos do metrô, mas sorrisos e diálogos com conteúdo.
O Rapaz, ao se despedir diz a moça dos quadros: “Vou descer aqui. Bem, foi uma prazer conhecer você e a sua arte”. Para a outra um tchau simples e a troca de contatos de todos eles.
Eu, ao descer na minha estação, já estava seriamente pensando em escrever esse post. E depois de tudo que vi, realmente cheguei a uma conclusão.
Quando nós, seres humanos que viemos do pó e ao pó voltaremos fazemos as coisas com amor dedicamos a nossa vida a uma coisa e colocamos amor, todo o resto fica ameno.
Talvez essas três pessoas estavam voltando de seus respectivos trabalhos e que as vezes não tem nada a ver com suas atuações artísticas. Mas por eles se conhecerem ali e terem algo em comum para eles estarem ali já eram motivo de contentamento.
Percebi também que o celular dele na nossa linguagem capitalista selvagem era um tanto quanto obsoleto. Agora, eis a indagação. Será que vale tanto a pena nos sempre corrermos e corrermos para sempre consumir o que há de mais novo no mercado?
Por que a sociedade sempre quer consumir e consumir a qualquer custo?
Realmente, eu sempre vi aqueles rostinhos bonitos e de almas vazias em vários lugares e por ter visto muitos em vários lugares e me desesperançando com a sociedade, principalmente com os Jovens. Mas depois que eu vi hoje, ainda existe um raio de esperança.
Estou com muito sono e talvez mais tarde eu melhore isso aqui! Talvez ninguém leia mesmo!
Boa noite!
2 comentários:
Gostei cabeção!!!!
boa observação!
Também gostei, ficou muito bom !!
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